Crítica | Semana do Pânico (2016)


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Festas, bebidas, mulheres gostosas e brincadeiras perigosas, nada poderia ser mais mortal em um filme de terror. São esses os principais elementos desse slasher holandês que tenta inovar no subgênero, mas no final das contas acaba se tornando uma cópia descarada e ruim do clássico Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado e do mediano Pacto Secreto.

Na trama, acompanhamos um grupo de estudantes que certa noite em uma festa, passam dos limites em uma das brincadeiras resultando na morte de um deles, para tentar preservar seus futuros e saírem sem qualquer punição do ocorrido eles acabam mantendo segredo do que realmente aconteceu naquele dia. Dois anos depois diversos eventos sinistros começam a perturbar os jovens que começam acreditar que estão relacionados  com o ocorrido naquele trágico dia.


Alerta de plágio!! basicamente a mesma trama de Pacto Secreto. Enfim, se esse fosse o único problema da produção seria o de menos, a questão principal fica por conta da condução da história e do desenvolvimento dos personagens que é muito ruim e previsível ao extremo. Com uma duração excessivamente longa o roteiro tem a péssima ideia de focar nos dramas dos personagens, não, isso não seria ruim se os dramas convencessem e fossem trabalhados de forma coesa, porém não é o que ocorre.

Para piorar o elenco é péssimo, tanto no que se refere a passar emoções como na função de cativar o público, o problema neste caso fica também por conta do roteiro que cria aqueles típicos jovens estereotipados elevado ao cubo, como a protagonista certinha e boazinha chata, o idiota que só quer saber de transar entre diversos outros. A única que consegue gerara o mínimo de empatia  é a Lisa, interpretado pela desconhecida Holly Mae Brood, que rende as melhores cenas.



Para não dizer que o filme é de uma ruindade completa, como pontos positivos destaco algumas mortes que rendem perseguições até interessantes, como o da primeira morte e outra sequência chupada diretamente do remake de Sexta-Feira 13, porém todas essas cenas são prejudicadas por um péssimo trabalho de edição. Outro ponto positivo é o vilão que pode não ter o mesmo carisma de Jason ou Freddy mas sabe inovar no que se refere as armas utilizadas para matar.

O mistério em torno de quem é o assassino também acaba se tornado outro grande acerto da produção, pois não é algo tão evidente ou que não tenha uma lógica plausível, aliás, as motivações do assassino são boas, apesar de soarem um tanto forçadas, só acho que a decisão de inserir determinado personagem para tentar enganar e tirar o foco do verdadeiro assassino foi totalmente sem noção. 


No geral, Semana do Pânico é uma produção mediana ruim, têm alguns poucos pontos positivos, mas não geral é um filme péssimo que não inova em nada dentro do subgênero. Infelizmente o diretor Martijn Heijne não soube trabalhar direito com o que tinha nas mãos e o resultado é um filme com diversos furos, que tenta ser sério mas não é, e falha miseravelmente em criar suspense e passar terror. Enfim, uma produção totalmente sem tom.



Título Original: Sneekweek

Ano de Lançamento: 2016

Direção: Martijn Heijne

Elenco: Carolien Spoor, Jelle de Jong, Jord Knotter, Holly Mae Brood, Yootha Wong-Loi-Sing, Jonas De Vuyst, Ferry Doedens, Kimberly Klaver, Marly van der Velden, Rutger Vink,  


Trailer:


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