Crítica | Conexão Mortal (2016)

Quando todos estão conectados, ninguém está seguro...

E aqui entra mais um filme de zumbis para nossa lista. 2016 definitivamente foi uma ano repleto de filmes nesse estilo, pena que  nem todos, neste caso a maioria, são dignos de serem assistidos. Infelizmente a mesma afirmativa vale para Conexão Mortal, uma adaptação porca de uma das obras literárias do lendário Stephen King, de quem sou muito fã.

A trama é centrada no artista gráfico Clay Riddell (John Cusack) que se vê numa caçada alucinante em meio a criaturas que antes eram simples seres humanos. Em um rápido momento, todas as pessoas que estavam falando no celular enlouquecem. Fora de si, elas começam a atacar e matar quem passa pela frente. Em meio aos caos e a loucura Clay fará de tudo para encontrar sua família.

Já vou logo avisando que não li o livro em que a história foi baseada, e sinceramente depois de ver o filme penso em não ler, pelo menos não até esquecer a merda que eles fizeram aqui. O que me deixa mais intrigado é que eles conseguem a proeza de entregar um ótimo início, toda a sequência do aeroporto e do metrô são realmente boas, a tensão é muito bem construída e quando o caos começa o diretor consegue entregar cenas bastante frenéticas e com gore, apesar de não ter aquele exagero todo presente na maioria dos filmes do tema. 

Daí em diante, o longa simplesmente cai absurdamente de qualidade, a trama segue um rumo apático e maçante, nem os zumbis "ligeirinhos" conseguem trazer algum movimento a história. O mais incrível de tudo é o completo desperdiço de um elenco grandioso. John Cusak e Samuel L. Jackson  são nomes de peso para esse tipo de produção, mas eles se superaram aqui, os dois são completamente mal aproveitados, o roteiro em nada ajuda e o diretor falha miseravelmente em tentar, ou não, explorar os atores. O curioso é que ambos já trabalharam em outra adaptação de Stephen King, 1408 que ao contrário desse, é bom. 

O diretor Tod Williams, que também comandou o mediano Atividade Paranormal 2, não consegue dar um tom exato ao filme. O roteiro a todo momento nos jogam informações que ficam perdidas e isso aliado a falta de desenvolvimento das mesmas, deixam a história um tanto desinteressante. Outro grande problema do roteiro são os personagens  que vão sendo introduzidos no decorrer da trama, basicamente todos  são dispensáveis e mal utilizados, o exemplo mais claro é Alice interpretada  pela ótima Isabelle Furhman. Nem preciso falar dos zumbis, que aqui não são simples mortos-vivos, pelo contrário, eles pensam, planejam e andam em  bando e até têm todo um lance de memória coletiva, entretanto nada é aproveitado com decência.

O que dizer do final? Uma verdadeira bagunça, realmente não entendi nada, minha cabeça deu um nó. Só falo uma coisa, o que foi aquilo daquele plot do cara de capuz vermelho? É muita viagem, achei totalmente deslocado e sem noção, mas, enfim é Stephen King né. Ah!! Já ia me esquecendo, que efeitos toscos são aqueles? Triste ver algo com potencial ir direto para o abismo do esquecimento. Definitivamente não recomendo esse filme para ninguém é uma completa perda tempo. Tudo nele é ruim ou mal aproveitado. Pena!!

INSTAGRAM: EXPLOSÃO CEREBRAL

Título Original: Cell

Ano de Lançamento: 2016

Direção: Tod Williams

Elenco: John Cusack, Samuel L. Jackson, Isabelle Fuhrman, Clark Sarullo, Ethan Andrew Casto, Owen Teague, Stacy Keach, Joshua Mikel, Anthony Reynolds, Erin Elizabeth Burns.

Trailer: