Crítica | Colisão Mortal (2016)



Um curso intenso em terror...


Vendido como um produto que resgataria a alma dos antigos slashers essa nova investida do sumido diretor Mark Pavia responsável pela adaptação de Voo Noturno (1997) até que tenta, no entanto as boas intenções só ficam na teoria, porque na prática o resultado é algo bem catastrófico.

A trama é focada na jovem Hilary (Makenzie Vega) que descobre que seu namorado está tendo um caso com outra mulher, desnorteada a garota dirige de volta para casa, todavia ela acaba se envolvendo em um pequeno acidente. Preocupada com a reação dos pais a garota troca informações com o motorista do outro carro (Bill Sage) para que ele possa arcar com os reparos causados.


Chegando em casa Hilary leva uma bronca dos pais e como castigo eles a proíbe de ir a um show no final de semana. Sozinha na casa durante o final de semana ela começa a desconfiar de que alguém possa estar rondando o local. Não demora muito para ela perceber que entrou em um jogo perigoso e mortal.

Como todo e bom slasher o longa já abre com aquela típica cena em que vemos o antagonista ceifando a vida de uma pobre vítima, já aviso que é a melhor cena do filme inteiro, aqui o diretor consegue construir uma atmosfera tensa com boas doses de suspense, porém tudo vai pelos ares quando o assassino aparece e mostra seu "potencial". Depois dessa pequena introdução a narrativa passa a focar na nova vítima e nos seus pseudos e chatíssimos dramas.


Ainda têm toda uma série de situações grotescas que fogem completamente da realidade terrestre, são várias inconsistências e furos que fica impossível levar qualquer coisa a sério. Dentre os pontos mais fracos destaco o elenco, todos são bem fracos e limitáveis, os personagens em si são bem unidimensionais e incapazes de tomar atitudes críveis. São várias as oportunidades perdidas de eliminar o vilão, no entanto, mesmo imobilizado os retardados não se preocupam em terminar o serviço, por isso toda vez que alguém morre é impossível não rir (kkkk).

O antagonista também é bem fraco, sua caracterização é sem gracinha, bem mamão com açúcar e a arma utilizada é ridícula, no final das contas ele não passa aquela sensação de perigo ou medo, não esperem qualquer desenvolvimento em torno do personagem. Só sabemos que ele é um cara maluco que mata sem qualquer motivo aparente e ainda escolhe suas vítimas aleatoriamente através de uma "batidinha" no carro alheio. Não esperem grandes cenas de perseguições ou mortes chocantes, tudo é bem básico, sem nenhuma novidade.


Resumidamente, Colisão Mortal não vale a pena ser conferido, é um produto mergulhado nos clichês mais óbvios do gênero, com um péssimo elenco, uma péssima direção, um péssimo roteiro e um vilão horrendo, no pior sentido da palavra. De uma coisa eu tenho certeza, os personagens morreram em virtude de suas próprias burrices. Só tenho a lamentar. Afastem-se dessa bomba.


INSTAGRAM: EXPLOSÃO CEREBRAL

Título Original: Fender Bender

Ano de Lançamento: 2016

Direção: Mark Pavia

Elenco: Cassidy Freeman, Makenzie Vega, Bill Sage, Dre Davis, Lora Martinez-Cunningham, Steven Michael Quezada, Kelsey Leos Montoya.

Trailer:




Comentários