Crítica | As Últimas Palavras de Johnny Frank Garrett (2016)



Eles pensaram que estavam fazendo a coisa certa. Eles estavam completamente errados...


Baseado em uma história real As Últimas Palavras de Johnny Frank conta a história de Johnny Frank Garrent, um adolescente de 17 anos acusado de estuprar e matar uma freira de 76 anos em Amarillo, Texas. Ele foi julgado e condenado a pena de morte. Ocorre que muitas dúvidas ficaram sobre sua participação no crime. Antes de morrer Johnny deixa uma carta contendo suas últimas palavras em que promete vingança. Dez anos depois, as pessoas ligada a condenação passam a ser atormentadas por ele, que volta para cumprir o que prometeu.


A história é bem interessante e se você for pesquisar mais afundo descobrirá que de fato tais eventos ocorreram, inclusive no que se refere a morte dos envolvidos na condenação injusta de Jhonny. Acho que têm até um documentário na Netflix que fala sobre o tema, então se interessarem fica aí a dica.


Bom, já em relação ao filme sinto muito em falar que ele não consegue captar e explorar essa história de forma que nos impacte. Todo o primeiro ato de fato é bem interessante, o longa já abre com o julgamento de Johnny Frank, pouco a pouco somos situados no que está ocorrendo e o porquê dele está sendo julgado. Ele acaba sendo condenado e posteriormente executado. Depois dessa introdução a trama dá um pulo no tempo e passa a focar em Adam Redman, um dos jurados do julgamento e sua família.  Porém, o que parecia ser uma página virada, esse assunto volta a atormentar os envolvidos na condenação de Johnny, que descobrem que ele deixou uma carta contendo suas últimas palavras, onde amaldiçoa todos os envolvidos em seu julgamento.

Confesso que até a cena dos lápis (agonia total define o que senti!) a trama estava num ritmo bacana e até empolgante, porém com passar do tempo o diretor Simon Rumley perde um pouco a mão e o controle da narrativa que acaba ficando repetitiva e sem ousadia. Após algumas mortes, a trama foca na busca de Adam para inocentar Johnny e tentar livrar ele e sua família da maldição. 


O elenco é bem competente em conseguir agradar o público, o destaque fica para Mike Doyle do ótimo thriller O Convite e Erin Cummings (Perigosas). A fotografia é outro ponto que merece elogios. A história se passa nos anos 80 então o diretor utiliza de uma fotografia amarelada que dá aquela sensação de antiguidade que casou perfeitamente com a trama e com o lugar em que ela se passa. Quanto ao final, não tenho muito que falar, só achei desnecessário a aparição de determinado personagem, fica muito tosco no contexto em geral.

Em um todo, As Últimas Palavras de Johnny Frank é um filme que apresenta uma ótima história, porém a sensação que fica no final é que seu potencial não foi explorado corretamente. Um excelente filme poderia ter saído dali. Apesar de um ótimo início, a produção não consegue manter o clima eficiente de tensão e mistério por muito tempo e infelizmente a trama se torna arrastada e chata. Enfim, o longa funciona muito mais como um suspense do que como um terror sobrenatural que acaba sendo seu ponto mais fraco.


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Título Original: Johnny Frank Garrett's Last Word

Ano de Lançamento: 2016

Direção: Simon Rumley

Elenco: Mike Doyle, Erin Cummings, Dodge Prince, Sue Rock, Cassie Shea Watson,  Heather L. Tyler, Davin Bonnée, Sean Patrick Flanery, Mike Gassaway.


Trailer:



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