Crítica | Peelers (2016)



Você não pode ter o final feliz que estava procurando...


Como bom cinéfilo que sou sempre dou oportunidades para produções desconhecidas que têm pouco a oferecer. Curto muito histórias trash descerebradas, mas reconheço que muitas transcendem os limites da imaginação e da ruindade (Shaknado estou falando de você!), pois bem, Peelers se encaixa perfeitamente nisso que acabei de falar, é um filme trash propositalmente ruim que consegue até certo ponto entreter com situações toscas e diversas sequências de mortes sangrentas.


A história se passa em um clube de strip comandada pela temperamental Blue Jean (Wren Walker), uma ex-jogadora de beisebol, que está na sua última noite de trabalho antes de entregar o imóvel para outro proprietário. Porém, antes que a noite termine, as strippers e os clientes terão que lidar com uma espécie de infecção viral que tomou conta de um grupo de mineradores que foram expostos a uma substância negra oleosa que os deixaram violentos e sedentos por sangue.


Entre altos e baixos Peelers nos entrega um filme estranhamente divertido, mas essa diversão vem dos próprios defeitos dele, se foi proposital ou não e se isso é ou não um ponto positivo vai depender da visão de cada um, mas posso dizer que gostei do que vi, mesmo tendo em mente que o filme é ruim (!) como assim?!! Em outras palavras, é o tipo de filme que é tão ruim que acaba sendo bom.

Duas coisas se destacam na produção, a primeira delas são as mortes, fazia tempo que não via mortes tão absurdas e o diretor Sevé Schelenz nos entrega várias delas. Quando a situação sai do controle, o ritmo acelera de um modo que não dá nem tempo para respirar, é morte atrás de morte e cada uma mais sangrenta e violenta que a outra. Nesta questão o diretor na maioria das vezes prefere utilizar de efeitos prático que estão excelentes, destaco os diversos empalamentos e a cena após o parto. Apesar do ótimo trabalho de maquiagem, o diretor por algum motivo idiota ainda insiste em utilizar efeitos gráficos em algumas cenas, que claramente ficaram horríveis de tão mal feito.


Já no visual dos infectados há um trabalho mais modesto, na maioria dos casos eles são cobertos por um óleo preto. O legal é que eles não são os típicos zumbis atrás de carne, eles na verdade se comportam mais como zumbis serial killers, onde na maioria das vezes só matam por matar. O elenco extremamente desconhecido e no geral os atores apresentam um desempenho sofrível, mas neste caso nem se espera grandes atuações. 

Já na questão de carisma só consegui simpatizar com as strippers, que são de longe as melhores personagens, pena que só a mais chata conseguiu sair viva, mas todas tiveram a oportunidade de mostrarem seu "talento". Aliás, os tarados de plantão vão se esbaldar, pois são diversas cenas de nudismo, são peitos para todos os lados e gostos, um verdadeiro banquete.


Resumindo, Peelers é um filme divertido, isso, óbvio, se você gostar de algo tosco que não se leva a sério em nenhum momento. Além de trazer personagens extremamente estereotipados e canastrões e diversas situações bizarras, seu maior destaque fica por conta das diversas sequências de morte que agradam pela utilização de efeitos práticos, tão esquecidos atualmente e pelas ótimas doses de violência e gore. Enfim, entre frases de efeitos ridículas e caras e bocas estranhas, o longa serve como entretenimento descompromissado e passageiro.


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Título Original: Peelers

Ano de Lançamento: 2016

Direção: Sevé Schelenz

Elenco: Wren Walker, Caz Odin Darko, Madson J. Loos, Cameron Dent, Al Dales, Momona Komagata, Kristy Peters, Nikki Wallin, Victoria Gomez, Rafael Mateo, David Torres, Edwin Perez.


Trailer:





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