Crítica | Medo Profundo (2007)



SINOPSE: Grace (Diana Glenn) leva o namorado Adam (Andy Rodoreda) e a irmã mais nova Lee (Maeve Dermody) para curtir as férias no norte da Austrália. Seus planos são frustrados quando os três embarcam em um aparentemente pacato passei de barco pelo rio e sofrem um ataque inesperado de um crocodilo que vira o barco com os três e o guia Jim (Ben Oxenbould) que desaparece nas águas obscuras do pântano. Tendo como único recurso para sobreviver ali eles se abrigam em árvores. Perdidos e sozinhos, os três terão que explorar o pântano e encontrar uma maneira de sobreviver. Mas como sobreviver de uma fera faminta que está observando e aguardando o momento certo de atacar?

CONSIDERAÇÕES:

Crocodilos, quem ai não adora filmes com essas criaturas mortais mastigando pessoas desavisadas? Hahahah eu particularmente adoro e posso dar diversos exemplos de filmes como o clássico Pânico no Lago e o mais recente Predadores Assassinos. Medo Profundo (não confundam com o filme de mesmo nome lançado em 2017 que tem como protagonistas tubarões) foi lançado láááááááááááá em 2007 direto para as extintas prateleiras de locadoras, desconhecido, com o tempo o filme foi adquirindo alguns fãs e depois de anos foi lançado em 2020 uma espécie de sequência sem ligação nenhuma com o filme original intitulado por aqui de Crocodilos: A Morte te Espera.

Pois bem, o que difere Medo Profundo de qualquer outro filme de crocodilos que já assisti é o fato dele ser menos comercial e ainda assim eficiente no que se propõem. Não é um grande filme recheado de efeitos especiais e grandes cenas de mortes, muito, mas muito pelo contrário é quase um drama com crocodilos, é um filme parado, que te prende pelo suspense, pela tensão e claro pela curiosidade de querer saber o que vai acontecer com os personagens.

O crocodilo em boa parte da premissa é onipresente, até então só existe a expectativa de sua presença que já é mais que o suficiente para deixar qualquer um apreensivo, e ajuda muito nisso o cenário do pântano com árvores para todos os lados, uma água escura que ajuda a esconder os perigos dentro dela.

As cenas de ataque evidenciam as limitações do orçamento, mas os diretores usam bem as jogadas de câmeras que ajudam a disfarçar esses problemas, não dá pra dizer que o resultado é excelente mas posso afirmar que tira onda com produções recentes que  são bem piores nesse quesito.

Outro ponto que incomoda é a falta de profundidade dos personagens, é explorado pelo roteiro os medos e a tensão e como isso vai afetando cada um dos sobreviventes, mas senti falta de aprofundar as relações entre eles, justamente por ter na maior parte da premissa apenas três pessoas, me perdoem, isso claro se não contarmos com a participação especial do boneco do Cebolinha direto das terras brasileiras se exibindo na Austrália kkkkk.

CONCLUSÃO:

Medo Profundo é diferente de qualquer filme de crocodilo que você já assistiu, é uma trama simples, eficiente e dramática que investe mais no suspense e na tensão. Com claras limitações no orçamento, os diretores fazem um bom  trabalho e entregam um produto bem feito. Não é um filme que agradará a todos, justamente por causa da sua pegada mais intimista, mas é isso que me faz gostar dele. Recomendo


INSTAGRAM: EXPLOSÃO CEREBRAL

Título Original: Black Water

Ano de Lançamento: 2007

Diretor: David Nerlich e Andrew Traucki

Elenco: Diana Glenn, Maeve Dermody, Andy Rodoreda, Ben Oxenbould.

Trailer:


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