Reze, ela responde...
Ok!! Não esperava nada desse filme então quando resolvi assistir só aguardava mais do mesmo, pois bem, será que fiquei decepcionado?!! De forma alguma, ele entrega exatamente isso que falei, mais do mesmo. Uma casa com uma história/lenda macabra, jovens burros tentando provar que a lenda não é real e os mesmos jovens burros correndo contra o tempo para não perecer perante a entidade maligna que agora está na "cola" deles, muitos sustos e algumas reviravoltas, enfim, é isso.
Na trama, Danny (Jordan Bolger) e Chloe (Lucy Boynton) resolvem conferir a veracidade de uma lenda urbana envolvendo uma casa abandonada cuja residente se suicidou por ter sido acusada pelo desaparecimento de um garoto. A lenda diz que ela era uma bruxa escrava do "pemba" e que era responsável por alimentá-lo, no entanto, depois que morreu não restou ninguém para fazer essa tarefa. Segundo a história depois que alguém bate na porta a entidade passa a perseguir o individuo até matá-lo. Os jovens, claro, batem na tal porta e descobrem que a lenda é real.
Depois que Danny desaparece Chloe resolve passar uma temporada na casa da sua mãe Jess (Katee Sackhoff) que a abandonou quando criança e agora está tentando uma reconciliação, porém Chloe acaba atraindo a tal entidade para o local. Agora Jess fará de tudo para proteger sua filha desse perigo sobrenatural.
O diretor Caradog W. James (Soldado do Futuro) até tenta dar alguma identidade a produção, ele investes em algumas jogadas de câmeras bem interessantes, a iluminação em algumas cenas são bem bacanas e ajudam na construção da tensão, a cena da pia é um bom exemplo disso. Na trilha sonora há um trabalho certeiro, em alguns momentos me lembrou de Sobrenatural com aquela melodia forte e estridente, mérito da dupla James Edward Barke e Steve Moore.
Na questão dos dramas dos personagens não tenho nada a reclamar, inesperadamente são bem desenvolvidos, gostei da relação de amor e ódio de Jess (interpretada pela já experiente no gênero Katee Sackhoff) com sua filha Chloe, é legal porque não é algo forçado ou superficial é bem inserido e trabalhado pelo roteiro, o que ajuda muito também é interação bacana que as atrizes têm em cena.
Por mais que a história tenha um início promissor o roteiro logo dá um jeito de cair nas armadilhas do subgênero, é no terror e no suspense que o filme falha miseravelmente, a grande maioria das cenas "assustadoras" se resumem em jumpcares ridículos. Pior que eles até tem uma boa antagonista que em alguns momentos lembra a vilã de Quando as Luzes se Apagam, no entanto, ela é subaproveitada e não rende cenas "épicas". Pior que nem mortes o filme entrega, tipo queria ver gente morrendo, o mais decepcionante é que as poucas que acontecem são tão básicas que fica difícil elogiar.
Os conceitos e a mitologia em determinado momento podem até soar interessantes, porém muitas das informações jogadas em tela não chegam a ser exploradas, o que acaba deixando muita coisa no ar. O terceiro ato pouco ajuda a levantar a qualidade da trama, tudo termina fácil demais, sem emoção e com furos enormes, porém confesso que gostei da reviravolta final, mas não é nada de muito chocante, só é boa.
Pois é, Não Bata Duas Vezes é aquilo que vários filmes da temática sobrenatural já explorou, ou seja, uma história básica de fantasmas, só que neste caso temos uma bruxa, vários sustos fáceis, mortes sem inspiração e um final um tanto questionável, enfim, mais do mesmo, nada, absolutamente nada torna esse filme especial. Fui...
INSTAGRAM: EXPLOSÃO CEREBRAL
Título Original: Don't Knock Twice
Ano de Lançamento: 2016
Direção: Caradog W. James
Elenco: Katee Sackhoff, Lucy Boynton, Richard Mylan, Nick Moran, Pascale Wilson.
Trailer:
Me surpreendeu, gostei desse filme esperava bem menos.
ResponderExcluirQue bom então!! Infelizmente não posso compartilhar da sua opinião!!
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