Crítica | Palhaços Infernais (2016)



Eles vão colocar um sorriso no seu rosto...


Enquanto It - A Coisa não estreia para acalentar nossos corações o que nos resta fazer é assistir qualquer tranqueira que que traga essas figuras sinistras e de preferência trucidando geral. Sem muita dificuldade acabei me deparando com alguns filmes da temática e infelizmente acabei escolhendo uma bagaceira chamada Palhaços Infernais lançado esse ano em território brasileiro direto em DVD.

Na trama, quatro jovens pegam a estrada com o objetivo de assistir um show. Tentando chegar mais rápido no destino eles resolvem passar por um atalho, porém uma das jovens se da conta que esqueceu o celular na lanchonete em que eles haviam parado. Numa tentativa de ligar para o celular um homem atente e diz para eles irem para uma cidade pertinho de onde estão para que ele possa entregar o dispositivo, no entanto, chegando lá o grupo se depara com uma cidade abandonada.


Depois de esperar por horas na cidade os jovens decidem ir embora, contudo, o carro quebra do nada (!) e para piorar a situação uma gangue de psicopatas fantasiados de palhaços começa a caça-los loucamente. Sem ter para quem recorrer os jovens terão que enfrentar essa ameaça antes que seja tarde demais.  

Palhaços Infernais é um slasher "cortadinho" em todos os sentidos, desde personagens, antagonistas e até na própria condução da narrativa. Num todo é apenas uma reciclagem de tudo aquilo que já foi visto em vários outros filmes e digo mais, a produção não se preocupa em se destacar em nenhum aspecto ou trazer novidades ao subgênero e além disso tudo que já conta como pontos bastante negativos o filme não consegue nem a proeza de entreter, justamente por entregar uma trama "basiquinha", insossa e tediosa ao extremo.


O roteiro como já disse é um fiasco e trás a trama batida de jovens retardados sendo perseguidos por psicopatas, o melhor de tudo é que Jeff Miller (o gênio que assina o roteiro) não nos polpa dos clichês mais banais do subgênero, como o manjado atalho, o carro que quebra sem qualquer motivo, a divisão das vitimas e mais um monte dessas situações ridículas. Os personagens são todos dispensáveis e sem qualquer traço de personalidade, os atores são irritantes e péssimos no quesito atuação, nenhum consegue transparecer medo ou dor, até um robô faria um trabalho melhor. A personagem Jill (Katie Keene decadência define) é a pior de todas, só sabe gritar e chorar, na cena em que resolvem calar de vez a personagem não pude evitar um sorriso malicioso.

E se as vitimas já são um saco imagina os psicopatas. Até quem têm coulrofobia racharia de rir de tanta idiotice. Eles não conseguem passar qualquer sensação de perigo ou medo, os atores parecem que estão no piloto automático fazendo caras e bocas estranhas e tentando sem sucesso parecer sinistros, mas o resultado é uma catástrofe, a caraterização também não ajuda muito. A mediocridade e incompetência do diretor Tom Nagel também ajuda muito a afundar o projeto, o cara não sabe dirigir e construir clima algum, não há tensão, não há suspense e não há terror. As perseguições são fracas e mal dirigidas, a cenas de mortes não empolgam enfim, tudo está ruim.


Há até uma tentativa equivocada de surpreender o público em torno de um dos palhaços, mas tal jogada não funciona e ainda trás várias inconsistências num roteiro repleto de furos que tenta a todo momento achar saídas obvias para tapá-los. Não esperem qualquer redenção no clímax, pois o terceiro ato consegue ser a pior parte do filme, tudo termina da forma mais óbvia e sem graça possível e com claras intenções para alguma sequência que desde já espero que não aconteça.

Num todo, Palhaços Infernais é um péssimo filme, mergulhado nos clichês mais óbvios dos slashers. Com péssimos personagens e atuações sofríveis, um roteiro desleixado e uma direção falha, a produção afunda e se torna mais um produto completamente dispensável. Não recomendo.


INSTAGRAM: EXPLOSÃO CEREBRAL

Título Original: Clowntown

Ano de Lançamento: 2016

Direção: Tom Nagel

Elenco: Brian Nagel, Lauren Compton, Andrew Staton, Katie Keene, Jeff Denton, Greg Voland, Maryanne Nagel, Tom Nagel.

Trailer:




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