Crítica | O Demônio da Rua Willow (2016)



O mal tem um endereço...


A originalidade está há muito tempo distante de Hollywood, no gênero do terror nem se fala, depois do sucesso de Águas Rasas e 47 Meters Down os tubarões virão com força nos próximos anos, a mesma coisa está acontecendo com os palhaços que começaram a ganhar mais destaque no gênero, isso mostra que as produtoras gostam de investir na modinha da vez e no que está dando lucro, preferindo dar maior destaque a uma obra comercial do que original.

Originalidade nem sempre significa trazer algo totalmente inovador, não mesmo, as vezes abordar um tipo de história de maneira diferente do que costuma ser feito já pode ser considerado um grande passo. Apesar de ter vários erros O Demônio da Rua Wilow consegue trazer uma abordagem diferente do tema possessão demoníaca e isso meus caros já é um grande ponto positivo.


Na história acompanhamos quatro criminosos, Hazel (Sharni Vinson), seu namorado Ade (Steven John Ward), James (Gustav Gerdener) e Mark (Zino Ventura) que estão planejando assaltar uma família que supostamente esconde diversos diamantes dentro da casa. Depois de tudo organizado eles dão início ao crime e invadem a residência e sequestra a única filha do casal Katherine (Carlyn Burchell), a quadrilha leva a garota para uma fabrica abandonada a fim de fazer uma gravação exigindo uma troca entre os diamantes pela garota sã e salva.

No entanto, a execução quase que perfeita é atrapalhada quando os sequestradores percebem que Katherine carrega consigo um mal capaz de manipular todos a sua volta, principalmente aqueles que têm alguma frustração não resolvida no passado. Nessa situação inusitada o quarteto deverá se unir e enfrentar esse poderoso demônio que tem o objetivo de se tornar mais forte para então assumir sua verdadeira forma.


Como disse o roteiro não fica naquele blá blá blá insuportável da maioria dos filmes de possessão em ficar desenvolvendo lentamente cada etapa do processo possessivo, a narrativa é mais esperta do que isso e nos insere num contexto em que ela já passou por todo esse estágio estando praticamente dominada pelo mal. Outro grande acerto é trazer uma trama através da perspectiva de terceiros não relacionados com o fato e não do próprio possuído o que de certa forma traz um frescor no modo de contar a história, garantindo um suspense bacana.

As atuações estão bem medianas, destaco as personagens femininas, Sharni Vinson que já tem um histórico positivo quando o assunto é filmes de terror, sua personagem é do tipo segura e de atitude, o que é ótimo. Já Caryn Burchell entrega aquilo que sua personagem exige, ou seja, olhares malignos e muitas caras e bocas. A mitologia apesar de beber da água de várias outras produções consegue inovar, aqui o demônio não tem só o objetivo de dominar a alma do hospedeiro e matá-la, suas motivações vão além disso, entretanto a exploração medíocre desse plot tira qualquer interesse do espectador.


A razão da casa da rua Willow ser habitada pelo mal também tem uma explicação super interessante, tipo!! Nunca ouvi uma explicação tão maluca, mas gostei justamente por ser absurda. Outro ponto fortíssimo é o teor violento e sanguinário que não costuma ser comum nesse tipo de trama. A equipe de maquiagem merece aplausos pelo trabalho realizado, a lenta transformação de Katherine é impecável, só não curti aquele detalhe da língua (The Strain mandou um oi!!), as cenas de mortes também estão um show a parte e todo aquele lance das visões nos mostram o quão a qualidade dos efeitos práticos estão excelentes.

Esperava mais do terceiro ato, acho que tudo se resolveu fácil demais e sem o clímax necessário para fechá-lo com chave de ouro, o engraçado é que a forma como acaba contradiz o que a premissa tanto sustentava de que quanto mais almas, mais poderoso o demônio se tornaria, furos??! Quem sabe. Ao menos tenho que dar um desconto pela breve cena da "Jean Grey versão demoníaca" simplesmente pirei de emoção!!!


Por fim, O Demônio da Rua Willow entrega um produto bacana e inovador até certo ponto, os mais exigentes provavelmente acharão diversos defeitos e inconsistências, mas para quem só procura por diversão e entretenimento descompromissado, fica mais do que recomendado, pois foi justamente o fato de não esperar nada que acabei sendo surpreendido. Até a próxima...



INSTAGRAM: EXPLOSÃO CEREBRAL

Título Original: From a House On Willow Street

Ano de Lançamento: 2016

Direção: Alastair Orr

Elenco: Zino Ventura, Sharni Vinson, Steven John Ward, Carlyn Burchell, Nicole De Klerk, Dimitri Bejlanis, Gustav Gerdener.

Trailer:


Comentários

  1. Que filme ridiculo ! Kkkkkkkkkk cheio de DEFEITOS VISUAIS KKKKKK

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  2. Se eu pudesse resumir esse filme, eu diria que a ideia dele é boa, mas a execução é péssima.

    Os padres não tem nada de padre(em atuação, diálogos...), Várias inconsistências de diálogos entre os bandidos tbm, além de ser um filme que abusa de jumpscares safados e sem graça.

    Assisti até o final, esperando que pelo menos no fim ele se salvasse, mas me decepcionei.

    O fantasma vencendo o demônio que deveria ser poderoso foi a gota d'água.

    PS: curti o site.

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