Crítica | Vida (2017)



Tenha cuidado com o que você procura...


Quando falamos de filmes de terror no espaço a primeira coisa que nos vêm a cabeça é o clássico absoluto Alien - O 8° Passageiro, de longe um dos melhores representante do subgênero, inclusive servindo de influência para uma geração de filmes semelhantes. Em 2017 além da quinto filme da franquia Alien outro filme do tema que ganhou certo destaque foi Vida, lançado em abril nos cinemas brasileiros. Só digo uma coisa, que "filmão" da p*rra!!

Na história, seis astronautas da Estação Espacial Internacional estão numa missão de resgatar uma cápsula atingida por meteoros,  que contém importantes amostras recolhidas do solo de Marte. Com a missão bem sucedida as amostras são levadas para dentro da nave e logo o Dr. Hugo Derry (Ariyon Bakare) começa a analisar o conteúdo. Para sua surpresa e de todos a bordo, ele descobre indícios de vida no planeta, na forma de um minúsculo organismo aparentemente frágil batizado de Calvin.


No entanto, a criatura apresenta um desenvolvimento altamente acelerado com o passar do tempo e isso começa a preocupar os astronautas, porém, antes que eles tomem qualquer atitude, a criatura ataca um dos tripulantes e escapa do isolamento. Agora solto na nave, os passageiros deverão fazer de tudo para dizimar o alienígena que além de mortal se provou mais inteligente do que o imaginado.

Lamento informar que assistir Vida esperando um filme original, diferente e ainda com uma trama complexa e personagens bem desenvolvidos será o maior erro que alguém poderá cometer antes de conferi-lo. O grande lance do roteiro escrito por Rhett Reese  e Paul Wernick responsáveis por Deadpool é justamente focar numa trama simples, sem grandes reviravoltas e muito menos sem abordar questões complexas. É basicamente uma mistura de Alien - O 8º Passageiro com Gravidade, isso em tese funciona muito bem, principalmente para quem só está procurando um filme puramente pipoca.


Sim!! A produção apresenta seus clichês e não acho ruim quando bem utilizados e inseridos dentro do enredo e isso meus caros leitores, é o que o roteiro faz de melhor, ele utiliza com eficiência e a seu favor todos os  clichês do subgênero, conseguindo até a façanha de surpreender em algumas cenas. Das que mais me chocaram foi a primeira morte, principalmente por ser de um personagem que acreditava que duraria mais tempo. A forma como ele morre também impressiona pela violência. A direção frenética de Daniel Espinosa garante um ritmo acelerado do início ao fim. O diretor sabe construir cenas tensas e claustrofóbicas.

Quanto à parte técnica a produção também não deixa a desejar, a fotografia e os efeitos estão belíssimos, a trilha sonora magnifica e ajuda muito na hora da tensão, porém, o que mais chama a atenção é o design do alienígena Calvin, não esperem por um monstrengo enorme e deformado ou qualquer coisa parecida, na verdade, Calvin apresenta uma estética simples e as vezes frágil e isso o torna peculiar, mas é interessante que conforme ele vai se alimentado sua fisiologia vai mudando o que o leva a ganhar contornos mais ameaçadores.


O grande chamariz, no entanto, fica por conta do elenco composto por três astros em alta em Hollywood, o sempre ótimo Jake Gyllenhaal que dá vida a David, um astronauta que prefere viver no espaço do que na terra, a diva Rebecca Ferguson que interpreta Miranda, responsável por manter a segurança dos tripulantes, prevendo todos os tipos de problemas para que possam ser evitados e por fim Ryan Reynolds, que vive Rory, um engenheiro engraçadinho, o típico personagem característico  de Reynolds.

Porém, apesar do elenco expressivo o roteiro não explora o potencial de cada um, o que de certa forma é uma grande mancada, pois Jake Gyllenhaal é um ator "f*dástico". Contudo, o roteiro se redime quando aborda a questão do sacrifício, no qual os personagens são testados durante toda a narrativa se devem se salvar ou proteger o planeta da eminente ameaça. Por falar nisso, e aquele final? Quero uma sequência já!!


Enfim, Vida é um ótimo filme, claro, ele apresenta certas limitações como o roteiro clichê e personagens pouco desenvolvidos, porém, entrega um entretenimento de qualidade, frenético, tenso, com ótimos efeitos e uma fotografia belíssima e ainda nos brinda com ótimas sequências de mortes e um antagonista peculiar. Numa análise geral os pontos positivos acabam se sobressaindo sobre os pontos negativos. Recomendo.


INSTAGRAM: EXPLOSÃO CEREBRAL

Título Original: Life

Ano de Lançamento: 2017

Direção: Daniel Espinosa

Elenco: Hiroyuki Sanada, Ryan Reynolds, Rebecca Ferguson, Jake Gyllenhaal, Olga Dihovichnaya, Ariyon Bakare.

Trailer:




Comentários

  1. Um dos aspectos mais importantes de cada produção é o seu elenco, pois deles despende que a história seja caracterizada corretamente. Acho que em Vida fizeram uma eleição excelente ao eleger os atores. Gostei muito desta história, acho que é perfeita para todo o público.

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    1. Verdade, por mais que eu ache que alguns atores foram desperdiçados ainda acho o elenco formidável.

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  2. Gostei bastante desse filme peço desculpas aos fãs de alien mas Vida foi o melhor filme de terror no espaço que já assisti até o momento.

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    1. Adoreiii esse tbm mas esse teve claras inspirações em Alien que pra mim continua reinando absoluto!!

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  3. Esse foi um dos melhores filmes de terror de ficcao cientifica que eu ja assisti. O filme mostra como seria uma forma de vida em Marte. E o final abre uma brecha para que seja realizada uma sequencia. Esse filme é realmente assustador.

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    1. Particularmente adoro esse filme, apesar dos clichês que são muito bem utilizados no longa o considero um ótimo filme de terror.

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