Crítica | Raze - Lutar ou Morrer (2013)

Nenhum homem poderia sobreviver a isso...

O que você faria caso fosse sequestrado e obrigado a lutar com outras pessoas para proteger sua família e se manter vivo? Lutaria ou morreria? Pois é nessa situação que o roteiro de Robert Beaucage, Kenny Gage e Josh C. Waller, sendo este inclusive o diretor, se baseia. Tal situação não é algo totalmente inovador no cinema, várias produções já utilizaram esse tipo de história na qual os personagens são obrigados a lutar para o entretenimento das "classes superiores", o exemplo mais recente é a ótima franquia Jogos Vorazes. Raze - Lutar ou Morrer, fica bem aquém do que se propõem em mostrar, mas no geral ganha alguns pontos por mostrar uma violência crua e visceral.

O primeiro grande trunfo da produção é brincar com o telespectador logo na primeira cena de quem é de fato a protagonista da trama, sinceramente é um "tapa na cara" gostar de uma personagem em menos de dois minutos só para vê-la morrer no minuto seguinte ( é muito f#@%). E nisso temos que concordar, o roteiro não tem medo nenhum em matar suas personagens, a cena inicial só foi uma de várias mortes que simplesmente tive vontade gritar como se não houvesse o amanhã. Mentira!! Não é pra tanto.

Outro grande mérito do filme é mostrar uma violência crua, não esperem por lutas exageradas e cheio de coreografias, mas nem por isso essas sequências são menos impactantes, muito pelo contrário, acabam chocando mais pelo tom realista. Em questão de mortes, a maioria acontece sempre da mesma maneira, porém temos uma ou outra que ultrapassa os limites da barbárie, como uma em que determinada personagem esfrega o rosto da adversária na parede, fiquei imaginado caso houvesse algum tipo de arma na batalha, seria o dobro da violência e de sangue.

O elenco no geral é composto por rostos conhecidos, a protagonista Zoë Bell (À Prova de Morte)  que além de atriz trabalha como dublê, ou seja, a bichinha manda ver no quesito porradaria, ela é a típica "fodona" que ninguém deve mexer. Outras que também acabam tendo destaque na trama são Tracie Thoms, Bailey Anne Borders e Rebecca Marshal. Também vale a menção a alguns rostos conhecidos como Rachel Nichols do ótimo thriller P2 - Sem Saída e Rosario Dawson (À Prova de Morte) que fazem breves participações.

Infelizmente apesar de alguns pontos positivos o filme no geral fica devendo em muitos aspectos, o principal deles é o roteiro que nos entrega uma história pouco explorada onde nos deixam com várias perguntas que nunca serão respondidas, já na questão do desenvolvimento das personagens, são poucas as que têm um aprofundamento e mesmo assim não é algo bem trabalhado. Outro problema bastante criticado é o controverso final, que deixará muita gente não só com raiva, mas com vontade de quebrar tudo que vê pela frente. Neste ponto só tenho elogios, pois não é qualquer produção que têm essa coragem.

Enfim, Raze - Lutar ou Morrer é um bom filme, que tinha potencial para ser muito, muito melhor. Apesar de um roteiro fraco e o desleixo de boas personagens e ótimas atrizes, além de um final nada convencional o longa serve como um entretenimento passageiro.

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Título Original: Raze

Ano de lançamento: 2013

Direção: Josh C. Waller

Elenco: Zoë Bell, Rachel Nichols, Tracie Thoms, Bruce Thomas, Bailey Anne Borders, Rebecca Marshall, Allene Quincy, Adrienne Wikinson, Doug Jones, Sherilyn Fenn, Amy Johnston, Tara Macken, Nicole Steinwedell, Jordan James Smith, Rosario Dawson.

Trailer: