Crítica | A Dark Song (2016)



Nem tudo pode ser perdoado...


Escrito e dirigido pelo ainda desconhecido Liam Gavin A Dark Song é um suspense dramático em que acompanhamos Sophia Howard (Catherine Walker), uma mulher infeliz que decide alugar uma casa na Irlanda. Seu objetivo é utilizar o local para realizar um ritual que acredita ser a única forma de se livrar das mágoas do passado, para isso ela conta com a ajuda de Joseph Solomon (Mark Huberman) um ocultista especializado em rituais. Com tudo nos conformes, Sophia perceberá que mexer com o sobrenatural não é algo tão fácil e que as consequências podem ser desastrosas.

Acredito que muitos ao terminarem de assistir o filme ficarão com aquela cara de paisagem pensando "que merda é essa" e ainda achar que foi enganado. Na verdade, não vou nem julgar porque nesse caso a culpa é toda da divulgação em tentar  e conseguir vender a produção como algo que ela simplesmente não é.


Não esperem por sustos, jumpscare, mortes, espíritos e demônios malignos, o longa se abstém de toda essa parafernália somente para focar principalmente no drama da personagem principal e no ritual em si. Ai vocês me perguntam, Uai!! A trama inteira só gira em torno desse ritual? Basicamente é isso. Inclusive um dos personagens explica que acessar o sobrenatural não é algo fácil e pode levar semanas dependendo do caso, além disso, ainda é necessário passar por várias purificações e formalismos que devem ser seguidos a risca.

Neste ponto, o roteiro entrega uma mitologia bastante interessante, apesar de ficar em alguns momentos confuso de compreender, mas é impossível não achar tudo no mínimo curioso. Indico para aqueles que estão por dentro das histórias de Abramelin que é citado em várias cenas. Outro ponto legal são os motivos que levam Sophia a recorrer a um ritual, acreditamos no início que é apenas para rever um ente falecido, mas logo vemos que não, e é daí que surgem algumas reviravoltas que dão mais aprofundamento na personagem.


Muitos poderão ficar incomodados com o ritmo extremamente lento que de fato o longa entrega, mas neste caso dependerá do gosto de cada um, no meu caso não achei ruim porque gostei do desenvolvimento dos personagens principais, que aliás são só dois. O problema é que muitos irão ser pegos de surpresa justamente por causa da divulgação. 

Catherine Walker (O Lado Sombrio) e Steve Oram (O Canal) seguram bem os respectivos papéis e entregam atuações acima da média, principalmente Catherine Walker cuja personagem lhe exige mais. O final poderá render algumas divergências. Só achei meio broxante, pois os personagens ficam o filme inteiro fazendo o ritual e quando de fato funciona é só aquilo? Nem sei o que esperava ver, mas com certeza não era só isso. O "ser sobrenatural" nem se fala, achei meia boca, mas a reviravolta em torno da Sophia achei bem colocada e emocionante.


Resumindo, A Dark Song não é o típico filme de fantasmas em que os personagens são perseguidos por alguma entidade maligna. Muito mais que isso ele traz uma história dramática com toques sobrenaturais. No final das contas o longa entra naquela lista de ame ou odeie, no entanto ninguém pode dizer que ao menos a premissa é diferente do que estamos acostumados a ver e ainda nos passa uma mensagem emocionante sobre o perdão. Recomendo.


INSTAGRAM: EXPLOSÃO CEREBRAL

Título Original: A Dark Song

Ano de Lançamento: 2016

Direção: Liam Gavin

Elenco: Mark Hubermap, Susan Loughnane, Steve Oram, Catherine Walker.

Trailer:


Comentários

  1. Spoiler: Filme muito parado do início até a aparição daquela criatura celestial enorme e impetuosa que encheu os olhos de se ver. Valeu a pena o sofrimento dela e a minha espera. Salvou o filme.

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    1. Muito interessante no geral!! Mas achei que podia ser melhor!

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