Crítica | A Casa do Terror (2019)

 




Alguns monstros são reais.


Outubro, mês do Halloween, definitivamente é o período onde histórias de terror estão em alta e é óbvio que os produtores aproveitam essa oportunidade para lançar os mais diversos tipos de produções do gênero. Seguindo essa "vibe" lhes apresento A Casa do Terror filme lançado em 2019 cuja trama é centrada num grupo de amigos que após uma festa a fantasia em pleno feriado de Halloween decidem terminar a noite vivendo uma experiência realista de puro terror proporcionado por uma espécie de espetáculo iterativo chamado A Casa Assombrada.

Ocorre, porém, que os jovens se veem perdidos num labirinto repleto de armadilhas e sem qualquer comunicação, para piorar, a situação sai do controle quando eles começam a desconfiar que os responsáveis pelo evento não estão nem ai pela segurança do grupo. Agora, todos deverão se unir para conseguirem se livrar dessa ameaça mortal e sobreviverem a noite de Halloween.


Dificilmente hoje em dia um filme de terror consegue nos surpreender, principalmente quando estamos diante de um slasher, geralmente a história base é a mesma, um bando de retardados correndo para se salvar de mascarados sanguinários e  A Casa do Terror é justamente isso mas ao contrário de vários lixos lançados aos montes  essa produção consegue ser acima da média servindo como uma ótima opção de entretenimento passageiro.

Dentre os pontos positivos destaco toda a ambientação da tal Casa Assombrada, é tudo muito bem "feitinho" com vários detalhes interessantes, além do fato de cada sala ter suas peculiaridades, com direito a túneis, charadas e desafios que ajudam e muito na construção da tensão e do suspense. Aliás, é bem interessante mencionar que até certo ponto da narrativa o espectador fica igualmente perdido junto com os personagens tentando entender se o que estão vendo é ou não real ou apenas faz parte do show, achei bacana essa jogada principalmente por gerar todo um clima crescente de desespero. Também vale destacar a caracterização dos antagonistas que conseguem ser mais assustadores sem as máscaras e também destaco algumas cenas de mortes.


Quanto aos personagens todos estão ok mas quem se destaca é a protagonista Harper vivida por Katie Stevens (Morte Instantânea) por ser a única a ter todo um desenvolvimento dramático e carisma o suficiente para torcer por sua vida, o resto está ali apenas para fazer o trivial e fazem com competência.
Entre os pontos negativos vale a pena destacar a quebra de ritmo que ocorre na metade para o final, na minha opinião, os vilões foram eliminados rápido e fácil demais o que é meio contraditório pois eles em regra conhecem bem o local, já as vitimas estão totalmente perdidas ali deixando-as em sérias desvantagens, sem falar nos diversos furos como a sequência que determinado personagem parte para cima de um cara armado ou a sequência onde o personagem machuca o pé em determinado momento e na outro está andado sem sentir dor nenhuma (tipo assim, o que!?).

No geral, A Casa do Terror é um filme simples, sem qualquer inovação no subgênero mas eficiente no propósito de entreter, tem bons personagens, uma final girl competente, bons vilões, que poderiam sim ser mais aprofundados e aproveitados, além de entregar um bom clima de suspense e tensão e ótimas ambientações. Enfim, como disse, a produção está acima da média e deverá agradar os menos exigentes. Recomendo.



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Título Original: Haunt

Ano de Lançamento: 2019

Direção: Scott Beck e Bryan Woods

Elenco: Katie Stevens, Will Brittain, Lauryn Alisa McClain, Andrew Lewis Caldwell, Shazi Raja, Schuyler Helford, Samuel Hunt.


Trailer:



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