Crítica | O Quarto dos Esquecidos (2016)



Alguns mistérios não devem ser desbloqueados...


A crise de falta de originalidade que assola Hollywood é um problema que com o passar dos anos se torna mais evidente. Os grandes afetados são os blockbusters que pouco inovam, pelo contrário, reciclam incessantemente fórmulas desgastadas que já não agradam mais. Nunca se viu tantos remakes, sequências e adaptações, sejam elas de livros, games ou animes. Outro gênero que vem sofrendo bastante com essa crise é o terror. Sim, é de muito tempo que filmes desnecessários são lançados com o objetivo de pegar carona em algum sucesso do momento, mas tal atitude está se mostrando cada vez mais frequente,  tornando-se algo preocupante.


No ano passado por exemplo, o saldo foi incrivelmente positivo, fazia alguns anos que não éramos presenteados com tantas produções excelentes no gênero, porém isso não impediu que algumas bombas fossem lançadas. Entre elas, só no subgênero sobrenatural podemos citar o decepcionante Refém do Medo (Crítica), Dominação (Crítica) e O Quarto dos Esquecidos, que terei o prazer de detonar nessa crítica.


A trama é centrada em Dana Barrow (Kate Beckinsale), uma arquiteta que juntamente com seu marido David (Mel Raido) e seu filho Lucas (Duncan Joiner) resolvem mudar para uma mansão localizada numa área rural afastada. A mudança é vista pelos membros da família como uma forma de iniciar uma nova vida e como uma tentativa de esquecer a morte prematura da filha recém-nascida do casal. No processo de restauração da casa, Dana acaba descobrindo um quarto secreto trancado, entretanto, não demora muito para ela descobrir que alguns segredos devem permanecer esquecidos.

O Quarto dos Esquecidos é aquele filme que provavelmente você já está cansando de assistir, é mais um suspense meia boca, estilo Supercine que não empolga em nada que se propõem. A história da família que vai para o meio do nada para esquecer o passado não poderia ser mais convencional. Não demora muito para o roteiro dar um jeito de colocar qualquer coisa de sobrenatural na casa para atormentar cada um dos intrusos e nisso temos aquelas sequências super clichês de sonhos desnecessários que nada agregam a trama. O diretor D.J. Caruso que tem no currículo o eficiente Paranoia, traz uma direção totalmente inexpressiva, ele não consegue criar qualquer clima de suspense ou entregar pelo menos uma história assistível.


Tudo que vemos em tela é um emaranhado de cenas porcamente dirigidas que não possuem nenhum foco. O roteiro tem a audácia de apresentar uma reviravolta no terceiro ato que simplesmente não dá para engolir, parece que eles resolveram do nada por um fim qualquer na história. Enfim, nem Kate Beckinsade consegue salvar essa produção da catástrofe. 

No geral, o longa deixa muito a desejar, não que eu estivesse esperando por alguma coisa boa, na verdade as expectativas estavam abaixo de zero e simplesmente foram confirmadas o porque disso. O Quarto dos Esquecidos, não assusta, não ousa, não traz nada de novo, a não ser mais uma história bobinha de fantasma que não sai do lugar comum. Completamente esquecível.


INSTRAGAM: EXPLOSÃO CEREBRAL

Título Original: The Disappointments Room

Ano de Lançamento: 2016

Direção: D.J. Caruso

Elenco: Kate Beckinsale, Mel Raido, Duncan Joiner, Lucas Till, Michaela Conlin, Michael Landes, Marcia DeRousse, Celia Weston.


Trailer:



Comentários

  1. É interessante ver um filme que está baseado em fatos reais, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Nunca Diga Seu Nome, é muito interessante, eu gosto muito deste tipo de roteiro, te mantém no suspense até o final.

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